Profeta Habacuque

Profeta Habacuque

 

Significa: que abraça” ou significando que ele foi “abraço por Deus” e, desse modo, fortalecido por ele para sua difícil tarefa, ou “abraçando outros”, dessa maneira encorajando-os nos tempos de crise nacional

 

O autor deste livro identifica-se como “o profeta Habacuque” (1.1; 3.1). Além disso, não oferece nenhum outro dado acerca de sua pessoa nem de sua família. Não aparece em nenhum outro lugar das Escrituras. A referência de Habacuque ao “cantor-mor sobre os meus instrumentos de música” (3.19), sugere que ele pode ter sido um músico levita a serviço do santo templo em Jerusalém.

É o profeta mais culto dentre os demais profetas menores e o último dentre os de Judá. Filósofo, poeta e músico.

O seu livro registra experiências práticas e comoventes.

          Encontramos em sua narração ensinos explicando porque a iniqüidade não triunfa;

Que o Senhor é o Deus do universo e que e Ele quer que os seus filhos se comuniquem com Ele; Que feliz é o crente que espera pacientemente a revelação do Senhor.

 E principalmente, o ensino central do seu livro: O justo viverá pela fé.

Diferentemente da maioria dos outros profetas, Habacuque não profetiza à desviada Judá. Escreveu para ajudar o remanescente piedoso a compreender os caminhos de Deus no tocante à sua nação pecaminosa, e ao seu castigo iminente.

 

Tema: Santidade de Deus. Foi contemporâneo de Jeremias

Profetizou após as reformas do rei Josias. Pouco tempo depois Nínive caiu. Babilônia ou o reino dos caldeus passa a potência dominante no mundo.

 

Data: Provavelmente 610 a.C.

Contexto Histórico

Habacuque viveu durante um dos períodos mais críticos de Judá. Seu país havia caído do auge das reformas de Josias para as profundezas do tratamento violento de seus cidadãos, medidas opressoras contra o necessitado e a ruína do sistema legal. O mundo localizado ao redor de Judá estava em guerra, com a Babilônia levantando-se em ascensão sobre a Assíria e Egito. A ameaça de invasão do Norte foi adicionada à desordem interna de Judá. Habacuque, provavelmente, tenha escrito durante o intercalo entre a queda de Nínive, em 612 aC e a queda de Jerusalém, em 586 aC.

Conteúdo
     O Livro de Habacuque dá um relato de uma jornada espiritual, contando sobre a trajetória de um homem da duvida à adoração. A diferença entre o início do Livro (1.1-4) e o final do livro (3.17-19) é impressionante.

Nos primeiros quatro versículos, Habacuque é oprimido por circunstância existente ao redor dele. Ele não consegue pensar em nada além da iniqüidade e da violência que ele vê entre o seu povo. Embora Habacuque se dirija a Deus (1.2), ele crê que Deus se retirou do cenário da terra: as palavras de Deus foram esquecidas; suas mãos não se manifestam; Deus não pode ser encontra em lugar algum. Os homens estão na direção, e os homens vis, por isso mesmo, também. E eles agem como seria esperado que agissem os homens sem o controle de Deus. Estas palavras e frases descrevem a cena: “iniqüidade... Vexação... Destruição... Violência... Contenda... Litígio... A lei se afrouxa... A sentença nunca sai... O ímpio cerca o justo... Sai o juízo pervertido”.

Quão diferente é a cena nos três últimos versículos do livro (3.17-19)! Tudo mudou. O profeta não é mais controlado, nem ansioso por causa das circunstâncias, pois sua visão foi elevada. Questões temporais não mais ocupam seus pensamentos, mas seus pensamentos estão nas coisas do alto. Ao invés de estar sendo regido por considerações mundanas, Habacuque fixou sua esperança em Deus, pois ele percebe que Deus tem interesse em suas criaturas. Ele é a fonte da alegria e força do profeta. Habacuque  descobriu que ele foi feito para algo acima: “E me fará andar sobre as minhas alturas” (3.19). As palavras do último parágrafo contrastam vividamente com aquelas no primeiro: “... Me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação. Jeová, o Senhor, é a minha força... Pés como os das cervas... Andar sobre as minhas alturas” (3.18,19). Assim, Habacuque foi da queixa à confiança, da dúvida à confiança, do homem a Deus, dos vales aos montes altos.

Se o centro do evangelho é a mudança e a transformação, o Livro de Habacuque demonstra essa renovação evangélica. No centro da mudança e no centro do livro, está este nítido credo da fé: “O justo, pela sua fé, viverá (2.4). Para o profeta, a promessa é para proteção física em tempo de grande sublevação. Quando a invasão, que foi predita, pelas forças estrangeiras se tornar uma realidade, aquele remanescente justo cujo Deus é o Senhor, cuja confiança e dependência estão nele, será liberto, e eles viverão. Para os escritores do NT, tais como Paulo e o autor de Hebreus, essa afirmação de fé confiante se torna uma demonstração do poder do evangelho para dar a segurança da salvação eterna. Par

Cap.1:1 a 4 – Clamor - Habacuque começa com uma queixa, perguntando a Deus porque ele demora tanto a realizar a sua justiça. Sua queixa é que tudo em volta é violência, opressão, perversidão e a própria justiça é torcida. O profeta acha estranha a atividade do Senhor face á situação presente e anela por uma intervenção divina e rápida. Os problemas dos seus dias lhe aborrecem e ele sabe que a única resposta será a que virá do altíssimo para endireitar os caminhos contenciosos do homem. Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás?

 

V. 5 a 11 – Resposta de Deus - Em resposta a esta queixa Deus responde. Deus fala acerca do poderio dos caldeus (1:6) que num futuro não muito distante, atacaria Jerusalém e causaria grande horror ruína a muitos. Sua força seria extraordinários, seus desejos de conquista, sem igual (18 e 9).Não teriam medo de qualquer coisa ou líder que se opusesse a eles;ririam até das fortalezas dos seus adversários(110). Cultuariam e louvariam o seu poder: “cujo poder é o seu deus” (1:11)

 

V.12 a 17 - Depois de ouvir a resposta de Deus, o profeta parece que teve certa dificuldade em aceitar o que o Senhor ia fazer com Judá. Antes ele reclamava a iniqüidade do povo, mas agora percebendo que a ira divina será desencadeada sobre Judá, Habacuque recua um pouco os seus protestos e procura convencer Deus que talvez Ele tenha agido com demasiado rigor. Ele não compreende o fato do Senhor usar uma nação pagã para efetuar o seu propósito. Como é que Deus de absoluta santidade pode usar da violência de uma nação pagã para punir o seu próprio povo?(1:13)

Habacuque compara a Babilônia ao pescador (1:15)

 

Cap.2 – A resposta do Senhor – Ele escreve uma visão.

 

V.2 a 5 – Segunda resposta de Jeová – Muito embora Jeová usasse os caldeus como flagelo sobre o seu povo, eles não ficariam impunes (5-20) Reconhecendo que Judá merece correção e castigo pelos seus pecados, Habacuque pede mais esclarecimentos. A resposta de Deus é que os babilônios embriagados com o sangue das nações serão destruídos por sua vez e que o povo de Deus encherá a terra.

 

V.6 aos 20 – Cinco Ais

 

1 – Ai do avarento: Os babilônios pegavam o que não era deles e vendiam.

2 – Ai do cobiçador: Aqueles que ajuntam em sua casa bens mal adquiridos, ou seja, o que não é nosso.

3 – Ai do que pratica crueldade: Prática a iniqüidade.

4 – Ai do corrupto: daquele que dá o que beber ao seu companheiro.

5 – Ai do idólatra: daquele que diz a madeira: Acorda! E a pedra muda: Desperta!Pode o ídolo ensinar? Eis o que será coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior não há fôlego nenhum. Idolatria ou qualquer coisa no lugar de Deus.

Em meio a estas declarações acusadoras e julgadoras, notamos duas frases de encorajamento e esperança:

1) A terra se encherá do conhecimento da glória de Deus (2:14)

2)O Senhor está no seu Santo templo (2:20)

 

Cap.3 – A oração de Habacuque. Um belo Salmo encerra o livro de Habacuque.

 

V.1 e 2 – “Aviva tua obra ó Senhor” Deus criou toda a natureza, com a sua determinação: fala. Na vez do homem deus disse: façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Nós somos as obras de Deus.

 

V.3 a 16 – O profeta salienta “A glória do Senhor”.

 

V.17 a 19 – A exaltação de Habacuque. Ele aprendeu a sua lição de fé. Sejam quais forem às circunstâncias dele ou de seu povo, por mais tenebroso e sem esperança que seja no futuro, ele regozijar-se-á no Senhor, no Deus da sua salvação.

 

Em vez de questionar os caminhos de Deus, devemos compreender que Ele é totalmente justo e ter a confiança de que Ele está no controle e que um dia o mal será destruído.

Cristo Revelado

Os termos usados em Habacuque 3.13 ligam a idéia de salvação com mo ungido do Senhor. As raízes hebraicas dessas palavras refletem os dois nomes do nosso Senhor: Jesus, que significa “salvação”, e Cristo “o ungido”. O contexto aqui é o grande poder de Deus manifestado em favor do seu povo, através de um Rei davídico, que lhes traria libertação dos seus inimigos. O Messias veio no tempo determinado (2.3; Gl 4.4), foi dado a ele o nome de “Jesus” como a profecia pré-natal de seu ministério (Mt 1.21), e nasceu “na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor (Lc 2.11).


Enquanto Habacuque espera pela resposta às suas perguntas, Deus lhe concede o presente de uma verdade que satisfaz suas ansiedades não-expressas, bem como apresenta a solução para sua situação presente: “O justo, pela sua fé, viverá” (2.4). O Apóstolo Paulo vê essa afirmação da Habacuque como a pedra fundamental do evangelho de Cristo (Rm 1.16-17). Cristo é a resposta para as necessidades humanas, incluindo a purificação do pecado, o relacionamento com Deus e a esperança para o futuro.

O Espírito Santo em Ação

Nenhuma referência especifica acerca do ES ocorre no Livro de Habacuque, existem sugestões da sua vida operando no profeta. À medida que o profeta examina a destuição causada pelos exércitos invasores, ele, contudo, expressa uma alegria inabalável que nem mesmo um desastre de tão ampla escala pode roubar dele, nos lembrando que “o futuro do Espírito é... Gozo” (Gl 5.22).

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