Profeta Zacarias

Profeta Zacarias

Significa: Jeová lembra. O Senhor se Lembra”,

É considerado o Apocalipse do V.T.

Data: 520—475 aC. O ministério de Zacarias começou em 520 aC, dois meses após Ageu haver completado sua profecia. A visão dos primeiros capítulos foi dada, aparentemente, enquanto o profeta ainda era um jovem (2.4). Os caps 7-8 ocorrem dois anos mais tarde, em 518 aC. A referência à Grécia em 9.13 pode indicar que os caps. 9-14 foram escritos depois de 480, quando a Grécia substituiu a Pérsia como o grande poder mundial. As profecias que abrangem o Livro de Zacarias foram reduzidas à escrita entre 520 e 475 aC

Autor: Zacarias foi um dos profetas pós – exílicos, um contemporâneo de Ageu. Com Ageu, ele foi chamado para despertar os judeus que retornaram, para completar a tarefa de reconstruir o templo (ver Ed 6.14). Como filho de Baraquias, filhos de Ido, ele era de umas das famílias sacerdotais da tribo de Levi. Ele é um dos mais messiânicos de todos os profetas do AT, dado referências distintas e comprovadas sobre a vinda do Messias.

Contexto Histórico: Os exilados que retornaram à sua terra natal em 536 aC sob o decreto de Ciro, estavam entre os mais pobres dos judeus cativos. Cerca de cinqüenta mil pessoas retornaram para Jerusalém sob a liderança de Zorobabel e Josué. Rapidamente, reconstruíram o altar e iniciaram a construção do templo. Logo, todavia, a apatia se estabeleceu, à medida que eles foram cercados com a oposição dos vizinhos samaritanos, que, finalmente foram capazes de conseguir uma ordem do governo da Pérsia para interromper a construção. Durante cerca de doze anos a construção foi obstruída pelo desânimo e pela preocupação com outras atividades. Zacarias e Ageu persuadiram o povo a voltar ao Senhor e aos seus propósitos para restaurar o templo. Zacarias encorajou o povo de Deus indicando-lhe um dia, quando o Messias reinaria de um templo restaurado, numa cidade restaurada.

Tema central: Tornai-vos para mim diz o Senhor dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros. (1:3)

Seu ministério ocorreu durante a restauração.

Conteúdo: O livro de Zacarias começa com a veemente palavra do Senhor para o povo se arrepender e se voltar novamente para seu Deus. O livro está repleto de referências de Zacarias à palavra do Senhor. O profeta não entrega sua própria mensagem, mas ele, fielmente, transmite a mensagem dada ele por Deus. O povo é chamado para se arrepender de sua apatia e completar a tarefa que não foi terminada.

Deus, então, assegura ao seu povo o seu amor e cuidado por eles, através de oito visões.

Esboço: As primeiras quatro visões

As segundas quatro visões

A primeira mensagem do Senhor

A segunda mensagem do Senhor

Profecias concernentes ao Messias

Profecias concernentes à Salvação de Israel.

 

O objetivo: Encorajar os que voltaram da Babilônia a edificação do templo, confiando que Deus estava com eles, conduzindo nos seus esforços.

Alguns do povo de Deus deixaram a Babilônia e voltaram para Jerusalém. Seus dever é reconstruir o templo. Mas esses judeus desviam-se do seu objetivo. Deus chama Ageu, dois meses depois da palavra, veio também Zacarias, para encorajar as pessoas a terminarem a reconstrução do templo. Esses dois profetas falam ao povo sobre o futuro do templo e a vinda do Messias (o Salvador).

 

Cap.1:7 – 6:15 - As visões noturnas .

 1ª Visão Introdutória. Zacarias viu três personagens montados em três cavalos de cores diferentes, a andar entre as murteiras. (murteiras são arbustos comuns em Israel, as quais exalam um perfume agradável, têm flores brancas, frutos comestíveis e madeira amarelada e muito bonita, representam Israel planta utilizada pelos gregos como emblema de vitória.). A visão do homem e dos cavalos lembra ao povo o cuidado de Deus

 Os cavalos representam: vermelho – guerras; Este estava entre murtas, Representando medo-persa e deleitava das vitórias em guerras e gozava de um período de paz.

 Os cavalos baios ( ou amarelo) – praga; Significando a morte. A Pérsia estava em paz com as nações conquistadas, até um levante contra Dario fora abafado, era um período de prosperidade para o império e o povo judeu se designava com tal apatia. Ademais, já haviam passados setenta anos de cativeiro. (1:12)

 Cavalos brancos – (como em Apocalipse 6:2) Vitória e glória. Significando o poder imperial, maligno.

O homem sobre o cavalo vermelho é o Anjo do Senhor. Trata-se de Cristo. (8 -10-12)

Os cavaleiros são servos do Senhor, ou talvez anjos, que tem passado pela terra para cumprir as suas ordens. A terra é encontrada em paz e calma, mas Jerusalém e Judá continuavam sofrendo os efeitos da indignação de Deus. Nos versículos 14 e 15 Deus responde que está zelando por Jerusalém e que está irritado com os países que agravaram o mal contra ela. Breve Ele tomará providencias e seu povo será restaurado, sua cidade principal reedificada e habitada. Observemos os versículos 16 e 17 as palavras “será” e “ainda” indicando cumprimento futuro da profecia.

Em suma, a interpretação da visão é que Deus, por intermédio de seu filho, está prestes intervir no mundo, que se encontra acomodado e indiferente, para restabelecer e abençoar sua cidade e seu povo.

 

Cap. 1:18 a 21 – 2ª visão: Quatro chifres e quatro ferreiros . . A Visão dos quatros chifres e dos quatro ferreiros trazem à memória o julgamento de Deus.

Os quatros chifres – Poder (Dn. 7:7) representam os inimigos do reino de Deus. Força opressora, possivelmente Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma.

 Os quatros ferreiros são agentes de Deus (anjos ou homens) deverão quebrar os chifres, esmagarão, em pedaços. Findando assim suas ameaças e tiranias. Lutas de Deus em favor do seu povo.

 

Cap.2:1 a 13 – 3ª visão: O profeta parece um homem atarefado a medir as futuras dimensões de Jerusalém .Mostra que a cidade santa será grande e cheia de gente. É uma visão escatológica, pois prenuncia o reino Messiânico do Senhor no qual Jerusalém será capital mundo, medida pelo próprio Senhor (Ez. 40:2 e 3;Ap 21:15-17).Fala da volta dos judeus espalhados pelo mundo afora, a Jerusalém. A população será tão numerosa que se estenderá além das muralhas da cidade. Deus estará no meio deles, habitando com eles (v.11)e será sua proteção (v.5). Esse trabalho do Senhor é tão vital que Ele requer silêncio de toda a terra, ao efetuá-lo.

O medir significa a perfeição que o Renovo (3:8) providenciará a Israel. Esse reinado não terá fim e abarcará todos os filhos do Senhor (Dn. 2:44;Lc.1:33).Nós ,a igreja,somos parte constitutiva deste Reino Eterno.Aleluia!

 A Visão do homem com um cordel de medir, existe uma olhada apocalíptica na vele e pacífica cidade de Deus.

 

Cap. 3:1-10 – 4ª Visão: Na quarta visão o sacerdote Josué, simboliza todo o sacerdócio de Israel.As suas vestes sujas representam manchas do pecado. A remoção das mesmas e os finos trajes que lhes foram dados significam perdão, bem como a sua restauração ao seu primeiro estado glorioso. O simbolismo abrange todo o judeu, um povo de vocação sacerdotal, representado por Josué.

Nesta visão nós vemos a recuperação da teocracia (governo de Deus) O sacerdote é a figura da santidade de Deus no meio de seu povo, e ainda o presságio da manifestação do Messias. O sacerdote necessitava estar com vestes apropriadas. A igreja também precisa estar vestida apropriadamente, pois é a noiva de Jesus. E ainda nos mostra que satanás sempre tentará fazer, que é opor-se acusar (3:1) No entanto, ele já está derrotado. Aleluia!

 

Cap.1:1 - 6:15 – 5ª Visão: A visão do candelabro de ouro entre duas oliveiras.Era um castiçal dourado, completo, com vaso de azeite, sete lâmpadas e sete tubos.O candelabro é o símbolo de Israel, como nação.O azeite é símbolo do Espírito Santo.Os dois ramos de oliveira figuram o duplo ministério do governador (Zorobabel) e sacerdote (Josué),responsável pela reedificação do templo, que por sua vez representa Israel.(Ag.1:1;2:23) A montanha (v.7) simboliza os obstáculos que irão ser derrubados e não impedirão o progresso da trabalho restaurador do Senhor.Os sete olhos de Deus(v.10) significa a perfeição da sua visão, que percorre toda a terra e olha com grande satisfação o empenho de Zorobabel, com o prumo na sua mão.

A visão grandiosa do castiçal todo revestido de ouro entre os vasos de azeite assegura a Zorobabel que os propósitos de Deus serão cumpridos somente pelo seu Espírito.

 

Cap.5:1 a 4 – 6ª Visão : As últimas visões de Zacarias falam de condenação e juízo O rolo voante; rolo figura da palavra de Deus,que declara que aquele que transgride será amaldiçoado.O estar voando  significa a justiça do Senhor se abaterá de súbito, de repente, de modo veloz.(Mt.24:27) Representa maldição ou julgamento que cairá sobre os pecadores (V.3)por toda a terra os rebeldes serão procurados e alcançados e expulsos do reino de Deus.Suas casas e suas vidas serão consumidas.(V.3 e 4)

A visão do rolo voante emite o pronunciamento de Deus contra o furto e contra o juramento falso.

Cap. 5:5 a 11 – 7ª Visão: A mulher e o Efa (recipiente com a capacidade de aproximado 17,6 l ) Significa  o comercialismo e também “A iniqüidade de toda a terra”(V.6)A mulher significa a impiedade. A iniqüidade é o fruto do coração ímpio.

Na visão, o pecado (a mulher e o efa) é transportado à terra de Sinear pelas duas mulheres com asas. As mulheres voadoras que levam a “praga” Também são impuras. Isto se nota no tipo das asas que tinham as de cegonha, que era considerada uma ave imunda pelos judeus. Elas retornam a Babilônia (terra de Sinear), onde se originou a iniqüidade e a impiedade.  Nos dias de Zacarias esse local era o centro mundial de idolatria e perversidade. Contudo, observamos nessa visão a remoção do pecado, principalmente a ganância e ambição no mundo.

A visão da mulher num efa significa a santidade de Deus e a remoção do pecado.

 

Cap.6:9 a 8 – 8ª Visão:Os quatros carros .Essa revelação tem pontos em comum com a primeira, que são os cavalos.Agora,há cavalos pretos, possivelmente representam a morte. A idéia geral é que os carros puxados por esses cavalos, que são ventos (anjos) ou espíritos do céu (V.5) percorrerão a terra, principalmente o Norte, executando os propósitos judiciais do Senhor.

A visão dos quatro carros retrata o soberano controle de Deus sobre a Terra

 

Cap.6: 9 a 15 – Temos a coroação simbólica de Josué, que representa a glorificação do Messias, o Renovo, como rei e sacerdote.

 O ouro e a prata, que certos exilados tinham trazidos de volta do cativeiro, seria usado para fazer a coroa. (uma só coroa com outras sobrepostas, daí a expressão “coroas”) Depois a coroa será colocada como “memorial no templo do Senhor” (V.14).

As visões por uma cena de coroação na qual Josué é coroado tanto como rei como sacerdote. Isso é poderosamente um simbolismo da vinda do Messias


Nos caps 7-9, Deus usa a ocasião de uma questão sobre o jejum para reforçar sua ordem para justiça e juízo, para substituir as formalidades religiosas.

 

Cap. 7–A primeira mensagem do Senhor - A questão do jejum - Quase dois anos se passaram (ver 1:7 e 7:1) Quando a palavra de Deus veio novamente a Zacarias. Desta vez o Senhor não usa das visões, mas de mensagem direta. Os assuntos das mensagens são: 1) Repreensão de Israel por seus motivos falsos, e 2) Promessa de sua restauração.

 

1 a 3 - Temos uma pergunta que é feita por um grupo de judeus de Betel representado por Sarezer e Rezen-Meleque, que eram os líderes da comunidade, aos sacerdotes e profetas em Jerusalém. Lá no cativeiro, tinham jejuado. Agora, eles estavam indagando se ainda era necessária tal pratica, uma vez que já havia regressado á sua terra natal.

 

 7:4 a 7 - Temos a resposta que vem da boca de Deus. O jejum do quinto mês e do sétimo mês erra um jejum programado pelo homem. Era uma pratica de todos os anos, por isso o Senhor declara (V.5) “Acaso foi para mim que jejuastes...”.

 

7:8 a 14 – Aqui explica a causa do exílio. Foi porque não praticaram o juízo, a bondade e a misericórdia.

 

Cap. 8 - A segunda mensagem do Senhor –

 

1 a 8 – “Voltarei e salvarei”, - diz o Senhor.

 

9 a 17 – “Não temais, sede fortes” – diz o Senhor.

 

18 a 23 – “Amai a verdade e a paz”, – diz o Senhor.

As palavras do profeta Zacarias nesses versículos falam dos futuros acontecimentos da época milenal.

 

Os caps 9-14 Contêm muita escatologia. (Estudos das últimas coisas)

Cap. 9 – Estas mensagens foram entregues depois da reconstrução do templo (9:1 até 14:21) São profecias concernentes ao Messias. Zacarias, no começo deste capítulo, transporta-se dos seus dias (520 a.C.) a épocas distantes futuras, principalmente para primeira e segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. O Rei de Israel viria, mas seria rejeitado por seu povo. Mais tarde eles se arrependeriam e seriam restaurados a um Deus. O Rei que virá será o nosso Rei. (Que possamos ser achados fiéis e puros a seus olhos quando o encontrarmos face a face.)

O profeta apresenta duas maneiras muito diferentes pelas quais o Rei será visto. Primeiro ele fala sobre a vinda de Jesus e a sua rejeição (Cap. 9) Depois prega sobre a segunda vinda do Filho de Deus e sua recepção (Caps 12 a 14)

Alegre-te Sião: Aí vem o teu Rei!”

 

Um pouco de história: As várias cidades aqui mencionadas (de 1 a 8 - Tiro, Sidom, Ascalom, etc.) foram derrotadas ou conquistadas por Alexandre, o Grande, no ano de 330 a.C. Veio da Grécia, conquistou a Palestina e as terras que a cercam. Sua invasão dominou, esmagou estas cidades da Síria, Fenícia e Filistia. O que impressiona, porém, que Alexandre deixou Jerusalém em paz. Observemos o versículo oito: ”Acampar-me-ei ao redor da minha casa para defendê-la contra forças militantes, para que ninguém passe nem envolta”.

 Depois da morte de Alexandre, em 323 a. C., o seu império foi dividido entre quatro generais do seu exército, entre esses;Ptolomeu e Selêuco.O Ptolomeus controlavam o Egito e sua regiões visinhas.Os Selêucidas dominavam as regiões de Síria e Babilônia, incluindo a Palestina.Nos anos que seguiram (323 – 167 a.C.) Os judeus sofreram ataques e opressões dos dois lados:Selêucidas e Ptolomeus.Um dos reis,Antíoco, tentou forçar os judeus a adotar os costumes e a religião dos gregos.por causa das terríveis coisas que Antíoco estava fazendo, os judeus  por volta do ano 166 a.C. se revoltaram, lutando por uma independência.Membros da família dos Macabeus, chefiaram uma revolta, tornando-se os novos governantes. (Matatias, o patriarca Macabeu foi quem iniciou esta revolta. Uma família judaica).

 

 Até 63 a.C. os judeus sob os Hasmoneus (nome derivado de um ancestral de Matatias) viveram relativamente livres de dominação externa. Mas neste ano chegou ao fim desta época histórica, e Pompeu, o grande imperador de Roma os incorporou ao Império Romano. Os conquistadores romanos mataram os sacerdotes judaicos enquanto estes ministravam no templo. Os judeus esperavam que o Messias prometido viesse e os libertasse das garras do império Romano. Finalmente, oi cenário estava pronto para a vinda do Messias.

 

Quando os gregos estavam no poder estabeleceram como língua comum para as terras que conquistaram. Quando os Romanos estavam no poder, construíram uma grande rede de estrada. Assim as boas novas a cerca de Jesus podiam ser enviadas ao mundo todo.

 

V.9 - “eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta”. A entrada de Jesus na cidade santa, como Rei, mas ainda Servo, é o auge da sua primeira vinda ao mundo. O reino de Deus estava começando a se estabelecer nos corações dos homens, de uma forma concreta e duradoura. Era o começo daquilo que continuará, mas Rei e Juiz absoluto (Zc. 14:4) Ap.19:11 – 16) Por isso Zacarias admoesta o povo a alegrar-se e a exultar. O Senhor virá e seu reino será estabelecido, crescerá, e um dia dominará tudo, com verdade, justiça e amor.  

 

V.11 a 16 – A libertação prometida pelo Senhor, refere-se às vitórias e conquistas dos Macabeus, durante aproximadamente anos (166 – 63 a.C.)

 

Cap. 10 - Serão fortalecidos no Senhor. Temos aqui a gloriosa volta de Israel à terra prometida. Vemos aí Deus os chamando, remindo e ajuntando a si (v.8), e eles voltando em tão grande número que não achará lugar suficiente para eles (v.10). É o contrário da época da dispersão; a gloriosa volta de Israel à Terra Prometida.

 

Cap.11 – A parábola do bom pastor, e do pastor insensato.

 

11.4-17 - Apascenta as ovelhas da matança. Zacarias fora instruído a representar o pastor de Israel que Deus havia nomeado: o Messias. Em seguida, é lhe ordenado que represente o pastor iníquo de Israel que pode prefigurar o anticristo no final dos tempos.

 

11.4 - As ovelhas da matança. O rebanho de ovelhas é Israel, marcado para o castigo por ter rejeitado o Messias. A matança foi levada a efeito pelos romanos em 70 d.C.

 

11.7 Duas varas. Zacarias, representando o Messias, usa duas varas para proteger o rebanho. As varas simbolizam o favor de Deus para com a semente de Abraão, e seu plano de unir Israel e Judá numa única nação. Tais bênçãos tornar-se-iam realidade se o povo seguisse o Messias.

 

11.15,16 - Um pastor insensato. Zacarias seria obrigado a pegar agora os apetrechos de pastor a fim de representar o pastor iníquo que usava tais instrumentos para ferir ao invés de ajudar as ovelhas. A profecia do "pastor insensato" terá seu cumprimento final no anticristo (Ez 34.2-4; Dn 11.36-39; Jo 5.43; 2 Ts 2.3-10; Ap 13.1-8).

 

Cap. 12 a 14 – Profecias concernentes à salvação de Israel.

 

Cap.12 – Jerusalém, desagravada e arrependida. A destruição dos inimigos do povo de Deus. O arrependimento e a purificação de Israel.

Cap.13 – Jerusalém é purificada e provada.

Cap.14 – Jerusalém, libertada e glorificada.

 

14.1 - Vem o dia do senhor. "O dia do Senhor" é uma ocasião tanto de juízo quanto de restauração. Temos aqui uma referência ao tempo em que Cristo voltará para julgar as nações, e estabelecer seu reino terrestre.

 

14.2 - Ajuntarei todas as nações... Contra Jerusalém. As nações darão a entender terem ganho uma vitória militar, mas acabarão por serem destruídas .

 

14.4 - Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras. Esta profecia será cumprida quando Jesus Cristo, na sua segunda vinda, voltar ao lugar de onde partira (Lc 24.50,51; At 1.9-12). A topografia da área será mudada dramaticamente. O monte fender-se-á: uma metade avançará para o Norte, a outra, para o Sul, deixando um vale entre ambas as metades.

 

14.8 - Correrão de Jerusalém águas vivas. Águas vivas (em contraste com as águas estagnadas) fluirão de Jerusalém ( Sl 46.4; Ez 47.1-12; Jl 3.18). Ao invés de ficar seca no verão (conforme acontece com a maioria dos ribeiros na Palestina), esta fonte fluirá ininterruptamente para os mares Mediterrâneo e Morto. Este trecho prevê que bênçãos divinas fluirão da Jerusalém milenial (Ap 22.1).

 

14.9 - O Senhor será Rei sobre toda a terra. Depois da volta de Cristo e da destruição do anticristo e dos seus exércitos (Ap 19), os sobreviventes das nações virão anualmente a Jerusalém por ocasião da Festa do Tabernáculo a fim de adorar o Rei Messias, o Senhor Jesus. Os sobreviventes serão provavelmente, em sua maioria, civis que permanecerão na sua pátria e aceitarão a Cristo como Senhor.

 

14.21 - Não haverá mais cananeu na casa do senhor. O termo "cananeu" era sinônimo de imoralidade e impiedade. Mas Deus estabelecerá a santidade e a retidão como as características universais e permanentes do seu reino.

 

As profecias deste livro que foram cumpridas literalmente

A entrada triunfal (9:9)

O preço da traição (11:12)

O uso do dinheiro (11:13)

O lado transpassado (12:10)

As mãos feridas (13:6)

CRISTO: O Renovo (3:1); Sacerdote e Rei (6:13);

Justo e Humilde (9:9);Uma fonte aberta (13:1)O pastor (13:7)

Cristo Revelado

Zacarias é, às vezes, referido como o mais messiânico de toso os livros do AT. Os caps 9-14 sãos as seções mais citadas dos profetas nas narrativas dos Evangelhos. No apocalipse, Zacarias é citado mais do que qualquer profeta, exceto Ezequiel.
Ele profetizou que o Messias virá como o Servo do Senhor, o Renovo (3.8), como o homem cujo nome é Renovo (6.12); tanto como Rei como sacerdote 96;13), e como o verdadeiro Pastor (11.4-11). Ele dá um expressivo testemunho sobre a traição de Cristo por trinta moedas de prata ( 11.12-13), sua crucifixão (12.10), seus sofrimentos (13.7) e sua segunda vinda (14.4).


Duas referências a Cristo são de profundo significado. A entrada triunfante de Jesus em Jerusalém é descrita com detalhes em 9.9, quatrocentos anos antes do acontecimento (ver Mt 21.4; Mc 11.7-10). Um dos versículos mais dramáticos das Escrituras proféticas é encontrado em 12.10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para mim, a quem traspassaram.” Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou sua definitiva recepção pela cada de Davi.

O Espírito Santo em Ação

O versículo mais freqüentemente citado do AT em referência à obra do ES é 4.6. Zorobabel é confortado na segurança de: 1) que a reconstrução do templo não será por força militar ou por proeza humana, mas pelo ministério do ES; 2) que o ES removerá cada obstáculo que está no caminho, que impede a conclusão do templo de Deus.
Um triste comentário em 7.12 recorda ao povo sua rebelião contra as palavras do Senhor pelos profetas. Essas palavras foram transmitidas pelo ES.

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